5.11.08

Mulher é presa após chamar segurança de 'macaco' no Lagoa Center



Esta foi uma das manchetes que a imprensa de Natal-RN (Diário de Natal) estampou nessa manhã modorrenta de quarta feira.

Naturalmente, a responsável pelo ato foi presa pela polícia e, como o crime é inafiançável, passou a noite de ontem numa jaula feito uma "macaca".

Há um mito de que somos um país alegre, unido e abençoado por Deus. Crescemos ouvindo a tolice de que Deus é brasileiro.

Não é!!!!

A verdade é que somos um povo racista sim senhor.

Herança maldita deixada pelos colonizadores e que, infelizmente, deixou cicatrizes profundas na essência de nossa sociedade.

Confesso que fiquei satisfeito com o desfecho desse caso. Ela tinha que ser presa mesmo. E ainda tinha que pagar pelos danos morais que causou ao segurança que nada mais fazia que seu trabalho.

A mentalidade racista e escravocrata ainda persiste nas empresas e nas casas.

Há "patroas" que se travestem de sinhás e tratam seus empregados como escravos.

Há empresários que se fossem transportados numa máquina do tempo para o Brasil colonial e pousassem seus traseiros na casa grande de um engenho de açúcar ou uma lavoura de café encaixariam como uma luva.

Mas felizmente, o país está (lentamente) mundando.

É bom que antes de taxarmos os EUA, Alemanha, França, Itália ou Espanha de racistas, possamos cair na real para ver que somos tanto quanto eles.


Talvez com um diferencial: a cínica hipocrisia brasileira de negar essa realidade.

29.9.08

Contradições Nacionais




Se vivemos numa
democracia,

por que é OBRIGATÓRIO votar?!


Frase pichada em um muro da cidade de Natal-RN

25.9.08

Estratégia de Expansão


Te cuida Wal Mart!!!

22.9.08

Entrevista completa para a TN

Concedi recentemente uma entrevista sobre o vestibular da UFRN para a Tribuna do Norte. Naturalmente, para publicar eles tiveram que editar algumas partes em virtude da pouca disponibilidade de espaço. Segue abaixo a entrevista, na íntegra:
1 - A grande surpresa na relação de demanda divulgada pela Comperve da UFRN foi o novo curso de Design, cuja procura foi de 14 candidatos por vaga, a segunda maior. O que poderia explicar isso?

Já a algum tempo o design de produtos tem sido um diferencial forte na escolha do consumidor. Num contexto de preços semelhantes, serviços semelhantes, funcionalidades bem parecidas, o design fascina o consumidor - desperta seus desejos. É só lembrar das decisões de compra a respeito de telefones celulares, carros ou ainda eletrodomésticos. Há uma demanda reprimida no mercado nacional e local por bons designers, com formação superior.

2 - E quanto ao de Publicidade e Propaganda que também se destacou (8,98), com a demanda mais alta entre todos de Comunicação Social? Essa área promete, ou talvez tenha sido apenas coincidência?

As agências de propaganda são um mercado em efervescência em Natal. Há necessidade de profissionais que aliem talento, criatividade a uma formação mais consistente. De uns tempos para cá o mercado publicitário local tem alcançado um nível de profissionalismo bem maior. Está em extinção aquele perfil de profissional que não tem formação, que se acha criativo e que se auto intitula publicitário. Outro ponto a acrescentar na publicidade é a possibilidade real de empreender, abrindo agências, o que - comparado a outros tipos de negócios, requer um investimento menor e apresenta riscos menores.

3 - Por outro lado, opções novas como a de Letras - Espanhol, registrou demanda de apenas 2,5 na capital e menos de um por vaga no Seridó. Ainda falta ao alunado despertar para a importância do estudo de línguas no futuro próximo, ou até mesmo já no presente?

Poderíamos atribuir essa realidade à pura falta de informação. Acho que o marketing em torno da profissão não tem conseguido mostrar a grandeza de opções que se abre para um profissional de letras. Muita gente acha que o curso só prepara para ser professor de línguas - sem dúvida, uma atividade nobre, porém pouco valorizada em nosso estado...

4 - A grande novidade da UFRN, o Bacharelado em Ciência e Tecnologia (os alunos passam três anos, recebem um diploma superior e podem ir para o mercado, ou optar por diversas alternativas de engenharias, ou cursos da área de Exatas, obtendo um segundo diploma com mais dois anos de estudos) pretende atender uma demanda do mercado por profissionais com qualificação generalista. De fato há essa demanda? Pelas opções que oferece, inclusive a de definir a carreira mais tarde, você consideraria uma boa opção para quem está um pouco indeciso?

Acho uma excelente idéia. Faço coro com aqueles que acham que requerer de uma pessoa de 17 ou 18 anos, recém saída da adolescência, uma decisão segura a respeito de sua profissão um exagero. Nos três anos iniciais haverá tempo suficiente para amadurecer e fazer uma escolha mais consistente. Quanto à demanda, será necessário um trabalho bem feito de divulgação e conscientização das empresas, pois o mercado não está acostumado ao generalismo em área tecnológica.

5 - Os cursos de tecnologia, aliás, precisariam ser vistos com mais bon s olhos pelos candidatos?

Claro! Grande parte da aversão que alguns têm aos métodos quantitativos ou às “matérias de cálculo” são fruto de experiências mal sucedidas nos ensinos fundamental e médio. A área de tecnologia é muito promissora no Brasil. Em determinadas áreas como telecomunicações há vagas abertas a espera de profissionais competentes para preenche-las. Nos próximos anos áreas ligadas ao mercado de petróleo vão dar um salto significativo.

6 - Há explicação para o fato de um Estado no qual o Turismo é considerada a grande fábrica de empregos e de renda, contar com um curso na UFRN cuja demanda não passa de 2,38 por vaga (é desconhecido ainda, ou as pessoas querem trabalhar com turismo a partir de outras profissões)?

A situação dos turismólogos é um desafio. Nesse segmento há uma grande “invasão” de profissionais de outras formações ocupando espaços que, em tese, deveriam ser de profissionais de turismo. Outro aspecto que desestimula são os baixos salários praticados no setor. Considero que a grande revolução deve começar nos próprios cursos superiores de turismo, definindo e divulgando com clareza para o mercado e a sociedade o perfil de profissional que eles se propõem a formar, em que áreas ele vai atuar, que cargos pode ocupar e, o mais importante, o que as empresas do segmento têm a ganhar ao contrata-los.

7 - Apesar de os cursos de Direito terem se multiplicado pelas faculdades e universidades, particulares e públicas, do Rio Grande do Norte, a demanda continua alta (quase 10 por vaga). O grande número de formandos anualmente não deveria ter mudado esse interesse, ou realmente é ainda uma profissão promissora pelas várias alternativas de atuação que oferece?

Direito sempre será uma profissão promissora no Brasil. Num país de tanta injustiça, a promoção do direito nunca foi tão necessária! A grande questão que se coloca é: o curso de direito virou um produto que vende e muito bem! Ouvi de um professor de direito que grande parte de seus alunos não tem demonstrado perfil em termos de conhecimentos, habilidades e atitudes para atuar como um futuro magistrado, procurador, promotor, advogado e outros cargos da área. Os pífios resultados nos exames da OAB são uma prova de que a visão dele está correta...

8 - Os novos cursos de gestão (Políticas Públicas e Sistemas e Serviços de Saúde) tiveram demanda em torno de quatro por vaga. Eles representam uma nova visão em detrimento daquela de que os gestores não precisam de formação específica?

Eles suprirão uma grave carência dos tradicionais cursos de gestão. Eles simplesmente ignoram a administração pública. São 99% voltados para o universo das empresas privadas. Considero que os novos cursos de gestão chegaram em boa hora e que vão contribuir para apagar aos poucos a figura do burocrata encastelado no gabinete para dar lugar a uma administração pública dinâmica austera, eficiente e focada em resultados.

9 - A queda, pelo terceiro ano consecutivo, da demanda por Medicina representa uma possível tendência, ou parece ser algo apenas passageiro, já que a opção continua sendo a mais concorrida? Qual, na sua opinião, a perspectiva futura nessa área e nas demais profissões de Saúde (maior acesso da população aos serviços de saúde, ampliação de programas como o PSF)?

Acho a queda da demanda em medicina é meramente circunstancial e se deve ao aumento da oferta de vagas aqui no estado, pois não é só a UFRN que o oferece. A população está crescendo, juntamente com a expectativa de vida do brasileiro. Isso é garantia de alta demanda de trabalho para profissões da área de saúde, independente da continuidade de programas governamentais específicos.

10 - Independente para qual curso vá concorrer, que postura o aluno tem de manter até as provas e que também pode fazer a diferença quanto ao seu futuro profissional (dedicação, estabelecer metas, permitir-se momentos de lazer, focar seu objetivo, conhecer e preencher seus pontos fracos, etc)?

Acho que o aluno deve se espelhar na preparação dos atletas de ponta que são medalhistas olímpicos. As medalhas conquistadas e o choro ao recebe-las não vieram por acaso. São pessoas que investiram quatro anos num sonho. Sejam eles brasileiros ou não, considero que são um exemplo de disciplina, motivação e superação para os vestibulandos. Quem vai prestar vestibular deve enxergar esse exame como prioridade. Naturalmente não deve deixar de se divertir, nem abrir mão do convívio social com família e amigos, deixar de dormir adequadamente. Entretanto, sabemos que toda vitória tem um sabor mais doce, quando há luta e esforço para conseguir. Uma dica simples e prática é: a partir dos tópicos do Manual do Candidato, monte um cronograma de estudos com horários definidos. Vá riscando os itens à medida que você os revisar e já considerar estudados. Assim terá foco e irá realizar a prova consciente que estudou tudo que foi requerido.
11 - Quem for aprovado deve estar aberto à possibilidade de mudar de curso se o mercado modificar ou caso não se identifique com a profissão?

Mudar de curso não será o fim do mundo, nem um drama insuperável. As instituições contam com um procedimento chamado reingresso, que permite ao aluno realizar essa mudança caso haja vagas abertas. Um segundo vestibular é algo comum hoje em dia. É importante lembrarmos que é melhor desistir de uma opção quando se é estudante a investir numa carreira com a qual não se identifica e se tornar um profissional frustrado ou mesmo medíocre.

12 - Quem não for aprovado tem de buscar novos vestibulares, ou há alternativas (cursos técnicos, profissionalizantes) que podem lhe inserir no mercado de trabalho? Esses mesmos que não obtiverem sucesso devem ver o resultado como um estímulo para se dedicar mais?

Essa decisão vai depender da vocação e do tempo de carreira já transcorrido. Os primeiros insucessos não significam que o candidato deve mudar de opção automaticamente. Eles servem para agregar mais experiência em concursos e aumentar as chances de ser aprovado. Para aqueles que têm pressa em se inserir no mercado ou já fizeram muitas tentativas em torno de um mesmo curso, sem êxito, é melhor repensar e buscar outras opções. Conheço gente que desejava ardentemente um curso, não conseguiu e hoje declara-se feliz e realizado em outro.

13 - Há alguma profissão que você destaque para os próximos anos (as ligadas à área do petróleo, licenciaturas, informática, etc)?

Há áreas muito prósperas. Eu destacaria três: os cursos da área de gestão, as engenharias e os cursos da área de saúde.

14 - É importante o estudante saber que não será uma graduação que vai lhe garantir um futuro profissional promissor. O que ele tem de agregar a essa formação (cursos extras, idiomas, pós-graduação, etc)?

Falar em educação continuada deixou de ser mero discurso e virou um imperativo. Educação é um grande negócio no Brasil e no mundo. A dinâmica do mercado em várias áreas exige do profissional atualização e aprofundamento de suas competências. É um processo de renovação contínua. É como se a pessoa agregasse novos conhecimentos, enquanto apaga ou desaprende o que não serve mais. Esse processo não pára nunca! Por isso, ingressar em cursos de pós graduação, MBAs, idiomas, cursos de curta duração ou mesmo instigar a curiosidade intelectual é que vão garantir um espaço privilegiado ao profissional. O diploma é só o bilhete para entrar no “trem bala”. Agora o local em que vai sentar – 1ª , 2ª ou terceira classe, vai ser determinado pelas competências que ele demonstrar ao longo da carreira

15 - E dentro do curso, o que ele pode fazer para assegurar um lugar no mercado (conhecer pessoas, manter contato com os profissionais da área, estagiar o máximo possível, tentar se destacar na turma, participar de pesquisas)?

Depende do curso. Em cursos da área da saúde a dedicação aos estudos, a participação em pesquisas e o desempenho em atividades curriculares de cunho prático vão agregar decisivamente para a carreira. Nos demais cursos, realizar estágios pode ser a solução para começar a obter a tão exigida experiência prática. Sou um defensor ardoroso do estágio. Chega de estudantes teóricos! Outro aspecto que faz a diferença é a rede de relacionamentos ou network. Não basta ser bom. É preciso conhecer e ser conhecido por muita gente. Essa habilidade social poderá ser o ponto chave para abrir um bom espaço no mercado.

11.9.08

"Prisão" de ventre


Vai ter que tomar Activia todo dia...

8.9.08

Não me convenci


Depois do papelão vergonhoso nos jogos olímpicos
Eis que a seleção brasileira entrou em campo ontem contra o fraco time do Chile
Bastou ganhar do limitado time andino para o ufanismo babaca de grande parte da imprensa começar novamente
Os críticos viraram tietes ensandecidas
Dunga virou um gênio!

Quarta feira tem de novo
Será outra goleada, pois a Bolívia consegue ser várias vezes pior do que o Chile

A mim esse time de mercenários metidos a besta não engana...

Quero ver contra adversários de respeito como: Argentina, Itália, Alemanha, Inglaterra, França, Espanha etc.

Em partidas contra times que jogam como gente grande é que se vê quem tem competência para vestir a camisa amarela ou quem amarela mais que a camisa...

4.9.08

Moedas fortes


Dia desses me disseram que um sujeito pagou uma conta de R$ 4.000,00 numa loja em moedas de R$ 1,00!!!!!!!!
Imaginem o peso e o tempo que levou para conferir tudo...
Pensam que o dono da loja ficou aborrecido com a forma inusitada de receber o dinheiro?
De jeito nenhum.
Quatro mil reais de troco, vindos de uma vez, são uma bênção para o caixa!

Li na imprensa que o velho hábito de guardar moedas em casa é prejudicial à economia do país.
Se por um lado é saudável poupar, por outro, gera escassez de moeda no mercado dificultando, principalmente, o troco.
Vejam como as "pratinhas" deram a volta por cima!
Na época da hiperinflação eram desprezadas, marginalizadas e ridicularizadas...
Hoje são objeto de desejo!
Duvida?
O que, então, levaria alguém a poupar cuidadosamente, quatro mil unidades de moedas de R$ 1,00?

Gosto de guardar as moedas que recebo.
Tenho, inclusive, satisfação quando alguém me passa troco em moedas.
Me arrisco a dizer que:
mesmo sendo pesadas,
incômodas de carregar na carteira
e de correrem o risco constante de se esparramarem no chão gerando aquele tilintar característico,
as moedinhas têm seu charme.
Recentemente, resolvi que não iria mais carregá-las comigo.
Separei uma latinha para guardá-las.
Não se trata daqueles cofrinhos fashion cheios de enfeites ou mesmo do tradicional porquinho.
Uma pequena lata de queijo suíço, devidamente higienizada e reaproveitada!
Isso me fez relembrar a época em que as crianças poupavam as moedas que recebiam.
Cada uma era guardada com satisfação.
Mas a alegria maior acontecia quando o cofrinho ficava cheio!
Era hora de abri-lo ou mesmo quebra-lo.
Dependendo da casa, era um evento familiar - todo mundo parava o que estava fazendo para ver a operação acontecer!
Cada um dava um palpite a respeito de quanto daria o valor de todas as moedas somadas...
E a sensação de "riqueza" por ser dono de tantas moedas?
Indescritível.
Não vejo a hora de minha pequena "caixa forte" de metal chegar ao limite.
Para reviver aqueles doces e "ricos" momentos que o tempo não apaga!

2.9.08

Para que serve esse produto?


O texto que consta na embalagem é for reduced dark spots & marks and visibly lighter skin.
É isso mesmo! Um produto que promete clarear a pele de quem o aplica!
Não é brincadeira...
Lançado há vários anos na Índia, um país de pessoas de pele morena, extremamente populoso.
Calcado no modelo estético americano-europeu este creme busca operar um milagre:
Elevar a auto-estima das tristes mocinhas indianas, tranformando-as em estrelas (?!) de Hollywood.
Simplesmente deprimente...
Mas isso não é tudo.
O mais absurdo é a forma como o assunto é tratado nos comerciais de TV.
Antes de usar o produto, a menina é solenemente ignorada por um cara que finge que ela não existe. Depois que ela fica "brancona", tudo se transforma!
Em outro, fica implícito que o "galã" esquece a namorada fascinado pela beleza "produzida" por um cosmético...
Pois é, não dá para entender:
Uns querendo fazer bronzeamento artificial para ficar morenos...
Outros desejando o branqueamento artificial para ficar alvos...
Com tantos malabarismos estéticos, vai ser difícil encontrar alguém "original" dentro de alguns anos!

22.8.08

Maus perdedores


Patético, engraçado, cara-de-pau...

Não sei qual termo usar para a manipulação grosseira e infantil que a imprensa americana vem fazendo durante os jogos de Beijing
Historicamente, o Comitê Olímpico - orgão oficial e gestor dos jogos usa o número de medalhas de ouro como parâmetro para ranquear o desempenho dos países durante os jogos.
O que o mundo inteiro tem visto é um domínio sem precedentes da China, mostrando-se como uma potência olímpica imbatível.

O que fez a mídia nacionalista americana?

Inventou um tal ranking por número total de medalhas!
Para eles, os EUA são os "eternos" primeiros lugares e o centro do universo...

Absolutely ridiculous, man!!!

20.8.08

Doping Coletivo

Jogos Olímpicos, Copa do Mundo, Carnaval, chacinas e outros acontecimentos, sem dúvida, atraem a atenção da massa. São ótimas oportunidades para desviar o olhar do povão e anestisiar o cidadão comum de sentir os problemas por que passa uma nação. Algumas medalhas ganhas, alegrias passageiras, chorar ao ouvir o hino nacional ou vibrar com uma vitória, embalados pelos "Galvões Buenos" e "Lucianos do Valle" vão resolver algo? Não! vão apenas entorpecer um pouco a dor e fazer o sofrimento sumir por um instante. Esse não é um fenômeno tipicamente brasileiro. Vejam a charge argentina publicada no jornal La Nacion um dia após a vitória por 3:0 da seleção de futebol sobre o Brasil: